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Atração 

(Parte 1 - Felipe)

 

1 - Conhecimento

         Era um dia de muito sol  e havia um público imenso, como sempre. Minha obrigação era atrair esse púbico para dentro do castelo dos Volturi, assim todos nós poderíamos nos alimentar de nossos queridos humanos.

         Sou o adolescente mais velho do castelo. Tenho apenas 17 anos. Muitas garotas quando aparecem aqui pensando que vão ter um turismo pelo castelo, sempre se perdem ao me ver. Aro me considera o garoto que deixa as mulheres completamente nas nuvens, sem fôlego. Àlias, o meu poder é esse: Quando quero atrair um certo alguém,  entro na mente dela e a faço sentir prazer, sentir um fogo que faz com que ela se apaixone a primeira vista, isso torna mais fácil a minha caça. Demetri interrompeu meus pensamentos:

      - Felipe, estou aqui te chamando há alguns segundos, mas parece que você está  no mundo da lua – disse ele dando gargalhadas.

     -  Estava refletindo sobre a minha vida aqui , neste castelo, Demetri. Faz um ano que estou aqui, e não sinto falta de minha vida humana. Sofri muito de amor por aquela menina, mas hoje todas as garotas se arrastam aos meus pés. – e era verdade. Elas  me adoravam por  ser loiro, super branco, de cabelo um pouco enrolado e  espetado, alto e musculoso. Parecia um astro do futebol  brasileiro.

     -  Cara, você tem um dom de deixá-las super derretidas pela sua beleza, não sei o que se passa na cabeças dessas humanas tolas.

     Demetri estava certo. Não sei o que se passava na cabeça daquelas garotas. Sou apenas um vampiro tentando seduzi-las para beber seus sangues.

    Demetri  e eu percorremos até a sala da biblioteca e encontramos várias humanas jovens, daria uns  15 anos pra todas. O quê elas estavam fazendo ali ? Seria uma excursão de escola ? Uma delas me fitava. Ela era  loira e seus cabelos passavam de seus ombros. Seus olhos eram  verdes, sua pela era branca, era magra e baixinha. Ela chegou mais perto de mim e não tirava seus olhos verdes para a minha pessoa.

     Alec  chegou na biblioteca e deu um sinal para que eu fosse levar as humanas  até Aro e companhia, para  que pudéssemos nos alimentar. Demetri acompanhou os passos de Alec  e foram para a sala onde meu mestre  estava esperando pelas refeições.

     Tomei coragem por mais uma vez e comecei a chamar as garotas para que me acompanhassem por um passeio turístico dentro do castelo. Robert, Chris e Alicia me ajudaram a atrair as humanas. Alicia era minha melhor amiga, como se fosse uma mãe pra mim. Ela tem mais ou menos uns 30 anos. É magra, cabelo curto – avermelhado, olhos dourados e super alta.

      A garota que me fitava, começou a me encarar, mas não estou praticando o meu poder neste momento. Ela é uma criatura muito linda, e havia muito tempo que não achava uma humana tão linda igual a ela. O seu rosto me é familiar. Será que já a vi em algum lugar ?

     Enfim chegamos na sala onde meu mestre nos esperava. Aro deu a ordem de que Caius, Marcus, Alec, Jane, Demetri, Felix, Chris, Robert, Alicia e inclusive eu atacasse as humanas de uma forma cruel e rápida.

     A primeira humana que escolhi foi aquela garota. A peguei e a arrastei para a biblioteca. Não queria que nenhum outro vampiro faminto tocasse naquela garota incrível.

     A humana me olhava de olhos medonhos.

      - Calma garota, te trouxe aqui para que nenhum vampiro descontrolado te tocasse. Você me chamou muito a minha atenção – jurei para mim mesmo que não ia usar o meu poder naquele momento.

      - Moço, por favor, me deixa ir embora. Não quero morrer. Àlias, não sei o que estou fazendo aqui parada na sua frente, conversando com um psicopata – ela dizia cada palavra querendo explodir.

     - Diga seu nome pra mim – tudo que eu queria saber era o nome daquela criatura linda.

      - Pra quê você quer saber meu nome ? Pra vir atrás de mim depois e me matar ? Deixe-me ir embora, prometo não contar paras as pessoas o que vocês realmente são.

      - Confio em você, mas por favor linda, diga seu nome pra mim.

       - Eu, linda ? Você só pode estar louco. Por favor, me deixa ir embora. Prometo não contar pra ninguém. –havia muito medo nos olhos dela. Estava partindo meu coração. O quê estava acontecendo comigo ?

      -  Moça, se você disser seu nome, juro que deixo ir embora. – eu estava dizendo a verdade, só queria saber o nome dela e ia deixá-la ir embora, mas os Volturi não poderia saber disso nunca.

       - Meu nome é Fernanda. Por favor, deixe-me ir agora.

       - Fernanda, que nome lindo.

       - E você ? Como se chama ?

       - Me chamo Felipe.

       - Felipe, por favor, não me mate. Por mais que a vida tenha sido cruel pra mim, por favor, deixe-me viver.

       - Você pode ir.

      Droga, nós não estávamos sozinhos.  Aro estava ali, atrás da porta, escutando  toda a conversa. Ele havia me seguido. Por quê ele fez isso ?

      - Cara jovem, nós não temos alternativas a não ser te matar. – disse Aro rindo ao dizer cada palavra. Seus olhos estavam completamente loucos para sugar o sangue da garota.

 

      - Aro, estava de olho nela e resolvi deixá-la ir. -  eu sei que não vai adiantar nada do que vou dizer.

      - Felipe, meu amigo, você sabe de nossas regras. Sabe que nenhum humano pode saber de nossa existência.

      - Eu sei mestre, mas ela mexeu comigo. Por favor, deixe ela ir embora.  – de repente, Fernanda me fitava com medo daquela situação.

      - Fernanda, minha querida, você tem duas opções: Ou você morre, ou vai virar vampira. – disse Aro dando de ombros.

     -  Mestre, não precisa ser assim, deixe ela ir embora. – eu estava com medo por ela agora.

      - Felipe, ela não tem escolha. Ou a matamos ou a transformamos em vampira. Ela escolhe.

       - Por favor, não me matem. – disse a garota chorando.

       - Aro, eu a transformo. Mas por favor, não toque nela. – eu estava disposto a transformá-la, mas não queria que outro vampiro relasse se quer um dedo nela.

       - Você escolhe minha jovem. Ou você morre, ou vira uma de nós. Decida. – disse Aro nem se importando.

      - Tudo bem, eu viro vampira, mas por favor, não me  matem.

      - Felipe, agora isso é com você. Espero que faça esse serviço, senão irei Felix destroçar você.

      - Sim, mestre. Irei cumprir minha promessa. – e iria cumprir mesmo.

      - Fernanda, vai doer um pouco, mas você irá virar uma vampira incrivelmente perfeita.

        Foi então que cheguei mais perto da humana. Coloquei minha mão em sua cintura, e a outra mão no seu cabelo, tombando seu corpo para poder chegar até seu pescoço. Comecei a beijar de leve seu pescoço e então a mordi.  Apliquei o veneno. Fernanda se contorcia de dor, gritava, pedia pelo amor de Deus que parasse com aquela dor maldita. Partiu meu coração ao vê-la naquela situação.

       Peguei  Fernanda e coloquei ela dentro do meu quarto, em cima da cama. Era ali que dentro de dois dias ela iria acordar e sentir sua garganta queimar de sede pela primeira vez.

      Em quanto ela se contorcia de dor na minha cama, resolvi ficar ao seu lado durante esses dois dias. Eu não desgrudava dela um minuto se quer. Não sei o que estava  acontecendo comigo, mas era necessidade ficar ao lado dela.

     Alicia veio até meu quarto, para ver a querida e linda humana se transformando em vampira. Partiu o coração dela ao ver a garota, de apenas 15 anos perder a vida dela de humana para ser uma de nós. 

 

     O coração de Fernanda começou a parar de bater, sua pele começou a ficar branca como um papel. Seu corpo criou-se um volume em todas as partes. Ela seria uma vampira que deixaria todos os humanos completamente excitados.

     Fernanda abriu seus olhos. Eram vermelhos como o fogo. Ela fitava o lugar onde estava e depois encontrou o meu olhar. 

      - Você está se sentindo bem, Fernanda ? – perguntei  pra ela, muito preocupado.

      - Sim, estou. Há apenas um defeito:  Minha garganta está queimando demais. O que é isso ?  – disse ela, muito inocente. Parecia ser tola, mas não era atoa de toda loira ser burra.

      - Você está com sede, linda. É o que todos nós sentimos.

      - Como estou ?

      - Fisicamente, você está incrivelmente linda e perfeita. Qualquer marmanjo irá ficar excitado ao te ver. – ela se surpreendeu com o que eu disse e levantou rapidamente da cama.

       - Droga. – foi o que ela disse. Ela se levantou tão rapidamente que a cama se quebrou. Isso é quando acontece com  uma vampira recém – criada querendo se ver pela primeira vez após o veneno ter se espalhado em seu corpo.

       - Calma, está tudo bem. Aqui temos dinheiro suficiente para comprar camas novas. Àlias, aqui não usamos camas para dormir, e sim para transar.

      - Não quero transar. – disse ela espantada.

      - Um dia você terá que transar com alguém. – disse eu, tentando jogar verde pro lado dela, mas ela não desconfiava. Estava completamente louco para me aproximar daquela vampirinha nova.

       - Quero me ver no espelho.

       - Claro. – levei ela até o espelho do corredor dos quartos do castelo. Paramos em frente a um espelho de uns 3 metros. Fernanda fitava a criatura linda que ela via através do espelho. Admirava-se ao olhar cada parte modificada em seu corpo.

 

 

2- Começo de uma bela amizade

      Fernanda não acreditava ao olhar-se no espelho. Pensava que fosse uma pessoa parecida com ela, pois aquela criatura era muito linda e irresistível. E era verdade. Ela era irresistível.

     - Felipe, porquê mudou tanto meu visual ?

     - É o veneno, Fer. O veneno fez com que você ficasse mais linda do que já era. Você também será muito forte nos primeiros meses.

     - Nossa, fiquei completamente diferente. Não parece ser eu mesma, parece ser alguma pessoa, só que mais linda e muito parecida comigo. – dizia ela com os olhos vermelhos brilhando.

    - Minha linda, temos que caçar. Você deve estar morrendo de sede.

    - Sim, é verdade. Minha garganta está queimando.

     Andamos nos corredores do castelo em silêncio. Chegamos até a saída e corremos para a floresta, procurando achar algum humano por ali. Fernanda corria rápido demais, e foi difícil alcançá-la.

     Sentimos finalmente o cheiro de humanos. Estávamos no meio de uma floresta. Havia quatro homens pescando na beira do rio. Eles sentiram a  nossa presença e nos olharam com cara de espanto. Chegamos mais perto deles e avançamos em direção. Fernanda pegou os dois homens mais novos e peguei os dois homens mais velhos. Ela não tinha coragem de matar aqueles idosos.

     - Melhorou sua sede, querida ?

     - Acalmou a minha garganta, mas ela ainda queima.

     - É assim mesmo. Os primeiros meses são os mais difíceis, depois tudo melhora.

     - Assim espero. Não gosto de matar pessoas.

     - Você irá acostumar, eu também era assim. Mas pra matar sua sede, você fará de tudo e mais um pouco.

    - Hmmmmm. Felipe, me conte sua história. Como veio parar aqui ?

    - Bom, é uma longa história. Amava muito uma garota, namoramos por três anos... Do nada, ela terminou o namoro comigo. Passei meses em depressão. Numa excursão de escola para Volterra, entrei no castelo... Vi aquelas pessoas incríveis e super bonitas ali, me olhando... Me senti horrível perto daquelas criaturas lindas. Foi então que Aro chegou perto de mim e disse algo como: ‘’Você é especial, serviria muito para nós’’. No momento, eu não havia entendido o que ele havia dito, foi então que senti dentes afiados no meu pescoço. Senti queimar meu corpo e dentro de mim... Foi a pior dor que já senti em toda a minha vida. Preferia mil vezes sofrer por amor do que sofrer queimando por dentro.  

      - Nossa Felipe, que história triste. Do nada ela terminou o namoro com você... Super tenso isso. – ela me olhava com cara de piedade. Odiava isso, mas ao mesmo tempo era engraçado.

     - Já acostumei com essa dor. O meu coração não bate mais por ela. Já sofri muito, lutei com todas as minhas forças por ela, mas hoje aprendi que não vale a pena. Prefiro ser um vampiro rápido e forte, do que sofrer por alguém que não me ama.

     - É, eu também já sofri na minha vida. Minha mãe é prostituta e meu pai foi preso por espancar a minha mãe. Sabe, é tão difícil ver quem a gente ama sofrer...  Minha mãe só começou a fazer isso porque meu pai a obrigava. Tentei ajudá-la, mas ela não quis ajuda. Então comecei a trabalhar e ganhar meu próprio dinheiro. Paguei a excursão e vim parar em Volterra. É uma cidade incrível.

    - Posso te mostrar lugares mais lindo que esse que você conheceu. Volterra é mais lindo do que você pensa.

    - Temos ainda muito tempo para conhecer esses lugares e pra nos conhecermos melhor. – disse ela, muito simpática.

    - Fer, você já namorou ?

    - Ainda não, nunca me apaixonei. Os garotos só queriam me usar.

     - A maioria dos homens da guarda Volturi são solteiros, e tenho certeza de que eles vão ficar loucos por você.

     - Por enquanto, não quero nada com ninguém, quero apenas fazer o que tenho que fazer e ajudar os Volturi.

     - Você será ótima nisso. – eu disse, tentando confortá-la.

    Corremos em direção ao castelo. Aro me mandou um torpedo: ‘’Venha até aqui, preciso conversar com a Fernanda e explicar as nossas regras para ela.’’ Aro se modernou e havia comprado um celular simples. Ele odiava a tecnologia.

    Chegamos no salão principal do castelo aonde Aro nos esperava.

 

 

 

3– As regras

      Fernanda de repente sentiu medo ao ver nosso mestre olhando-a  incrédula. Aposto que Aro achou a incrível garota super linda e irresistível, mas eu não gostava daquele olhar dele em cima dela. O que estava acontecendo comigo ? Nunca havia sentido algo parecido com aquilo... O que eu estava sentindo era ciúmes ? Era isso mesmo ou estava enganado ?

     Aro interrompeu meus pensamentos:

     - Querida Fernanda, como você está se sentindo ?

     - Estou bem, Aro. Gostei muito do meu novo corpo, da minha força. Não sabia que vampiros eram tão fortes. – ela sorria ao dizer cada palavra. Parecia uma garota feliz com que estava acontecendo.

     - Você não viu nada querida. Pedi para que Felipe a trouxesse até aqui para poder te explicar as nossas regras.

     - Estou a todo seu dispor, mestre.

     - Fernanda, a primeira coisa que você deve saber é que os humanos não devem saber de nossa existência. Isso é um segredo. Todos nós andamos disfarçadamentes pela rua, pois quando aparecemos no sol, a nossa pele brilha como diamante, e é claro que se os humanos vissem isso, perceberiam que somos diferentes deles.

    - Compreendo perfeitamente, irei fazer tudo ao seu dispor, mestre. – ela estava ciente de tudo o que falava e escutava.

    - Outra coisa: não aceito mentiras aqui dentro. Se houver mentiras, Felix e Demetri irá destruí-la.

    -  Não haverá mentiras, Aro. Irei jogar limpo com vocês.

    - Assim espero, Fernanda. Espero que você goste de ficar aqui. Os humanos irão ficar fascinados ao ver você e Felipe, que são dois vampiros excelentes para seduzir a preservar a nossa caça.  

   - Aro, você acha que Fernanda tem algum poder ?

   - Com o tempo, iremos perceber, caro Felipe. Agora vá, quero ficar sozinho.

   - Obrigado mestre pela atenção e compreenção. – eu disse a ele, tentanto sempre agradá-lo.

     Fernanda e eu fomos até a biblioteca. Havia diversos livros sobre vampiros, romances, suspenses, terrores e ação... O meu preferido era de suspense e terror.

   - Qual sua preferência de livros, Fernanda ?

   - Gosto muito dos romances e suspenses. E você ? Aposto que gosta de um suspense e terror.

   - Como sabe disso ? Você acertou.

    - Li na sua face. Observei você vendo cada livro, e seus olhos brilhavam ao ver os de suspense e terror.

    - Além de você ser linda, é muito inteligente também.

    - São apenas seus olhos. Sou como qualquer garota, só que agora sou mais bonita, forte e rápida.

    - Desse jeito, você deixará os vampiros e humanos completamente loucos. – eu disse, rindo ao dizer cada palavra. Mas ao mesmo tempo, eu não gostava da idéia de outro vampiro olhando para ela.

   - Essa é a intenção. Adoro me exibir. Hahaha

   - Cuidado, Aro adora isso.

   - Como assim ? Cuidado ?

   - Aro lê mentes, e vai pensar que você quer seduzir os vampiros aqui.

   - Aro lê mentes ? Nossa, deve ser legal. Vou tentar me preservar e não mostrar muitas coisas em meu pensamento.

  - Ah, o bom de ler mentes é descobrir a verdade que se passa na cabeça dos vampiros e humanos.

   - É verdade. Um dia ele terá que ler minha mente, e ele descobrirá tudo o que já se passou na minha vida.

 

 

4- Descobrindo um novo amor

     Me lembrei que Aro reservou um quarto para Fernanda. Ele ficava perto da biblioteca. Um quarto grande e estiloso. Acho que ela gostaria dele.

    - Fer, acabei de lembrar que Aro reservou um quarto pra você. Tem roupas, sapatos. Tudo combinando com o seu tamanho.

    - Obrigada. Mas eu não durmo. Àlias, nós vampiros não dormimos. – ela ria dessa.

    - Então, mas cada vampiro aqui tem seu quarto. Vou levar você até ele.

      Saimos da biblioteca. Comecei a andar em sentido ao quarto que Aro preparou para Fernanda. Ela me seguia. Paramos na porta de seu novo quarto. Deixei ela entrar. A primeira coisa que vi foi foi o seu sorriso estampado no rosto. Seu olho brilhava ao ver aquele quarto com uma TV de plasma e DVD, tinha uma cama de casal com o edredom preto, cheio de almofadas, havia um mini-sofá. O guarda-roupa possuía mantos pretos e sapatos. Havia também um banheiro enorme, quase do tamanho do quarto, e dentro dele possuía uma banheira de hidromassagem.

    - Felipe, adorei esse quarto e esse banheiro. Nunca tive um igual a esse. – seus olhos ardiam, e quando isso acontecia, era porque um vampiro estava chorando.

   - Meu quarto é muito parecido com o seu, só que a diferença é que o seu é maior.

   - Bom, Felipe, gostaria de ficar sozinha. Quero usar o meu banheiro.

   - Claro, espero que goste.

     Sai de perto dela. Escutei a garota tirando as roupas e mexendo na banheira. Ficaria do lado de fora, esperando-a, para podermos conversar. Eu realmente não sabia o que estava sentindo. Ela mexeu comigo desde a primeira vez que a vi. Gostaria de esclarecer tudo. Passou vinte minutos, e ela havia saído do banho. Resolvi bater na porta.

      - Entra. – disse ela.

        Entrei no quarto dela. A garota estava de roupão, de cabelo amarrado e um pouco molhado. Ela deve ter observado que eu a estava olhando e resolveu soltar o cabelo. Seus olhos agora eram estavam escuros como o céu. Ninguém disse nada, foi um silêncio profundo, durante alguns minutos. Nos encaramos muito.

      Ela entrou no banheiro novamente, percebi que estava inquieta. Cheguei mais perto dela e agarrei seu corpo no meu. Eu estava prestes a beijá-la. Era o que eu queria fazer. Fui chegando cada vez mais perto de sua boca. Fernanda estava preparada para receber meus lábios. Seu olhar era de muita vontade. Eu estava completamente ciente do que eu iria fazer, e ela também.  Foi então que nós dois chegamos juntos e finalmente nos beijamos. Entrelaçamos nossas línguas. O beijo era forte e rápido. Ambas as pastes queria aquele beijo. Meu coração disparava naquele momento. As mãos de Fernanda agarraram meu cabelo, apertando cada mexa.

 


(Parte 2 - Fernanda)

 

5- Desejo incontrolável

      Era um desejo incontrolável. Estava esperando por esse momento desde a primeira vez que o vi. O saber de seu beijo era menta. Entrelaçamos nossas línguas. Ele me apertava com seu corpo cada vez mais. Apertei cada mexa de seu cabelo. Não queria que aquele momento acabasse nunca, e acho que ele também queria o mesmo que eu.

     O celular de Felipe  começou a tocar, mas ele não atendeu. O beijo era tão intenso, que ambas as partes não queria parar... O celular tocou de novo. Paramos de nos beijar e Felipe atendeu. Era Aro.

    - Boa noite mestre. O quê deseja ? – ele estava concentrado no que Aro estava dizendo. – Sim, claro. Estou indo. – ele desligou o celular e me fitou.

   - O quê Aro queria, Felipe ?

   - Aro que conversar comigo, nesse exato momento.

   - Mas conversar sobre o quê ? -  de repente me deu medo. Será que algum vampiro dos Volturi possui o dom de ver o futuro e viu o nosso beijo ? Será que Aro não gostou ?

   - Não sei, mas vou saber agora. – ele saiu correndo do banheiro para ir até onde Aro estava.

     O quê será que passava na cabeça de Felipe ? Será que ele não gostou do beijo ? Depois que ele voltasse da conversa com Aro, eu teria que falar com ele. Gostaria de esclarecer, não queria deixar nenhum ressentimento guardado. Na verdade, aquele beijo significou muito pra mim. Eu nunca havia beijado na minha vida !

    Nesse instante, me senti necessitada de beijá-lo novamente, para provar novamente o gosto de menta. Oh Deus, o quê está acontecendo comigo

    O beijo de Felipe foi tudo. O desejo estava aumentando cada vez mais. Eu me via numa necessidade incontrolável. Não era apenas um beijo que estava querendo, mas era algo mais quente, algo que eu não havia sentido. Algo que alguém nunca tinha me mostrado e que com certeza, Felipe me mostraria.

 

6- Nada importa mais

 

         A porta de meu quarto abriu. Não fazia cinco minutos que Felipe havia saído. Ele me olhou com medo.

        - O quê houve ? – eu disse preocupada.

        - Nada. Aro queria saber se eu poderia ir amanhã para o Brasil para buscar um membro da nossa guarda que fugiu sem cumprir os deveres.

       - É grave isso ?

       - Não é tão grave, mas ele terá uma punição. Demetri e Felix irão acabar com ele.

       - Entendo. Mas porque ele fugiu ?

       - Mordeu um bebê e o matou. Aro não gosta que nós vampiros matem crianças e bebês, então irei encontrá-lo, vou trazê-lo de volta e com certeza, Demetri e Felix vão matá-lo.

       - Que vampiro louco. – eu disse a verdade.

       - Fernanda, aquele nosso beijo significou muito pra mim. – fui pega de surpresa ao raciocinar cada palavra que ele estava dizendo. – Aro nos interrompeu. Que tal continuarmos aonde estávamos ?

       Não deu tempo para responder. Ele me empurrou contra a parede e começou a me beijar rapidamente, com uma velocidade incrível. O beijo era quente novamente. Eu correspondia, procurava fazer o melhor que eu pudia, para deixá-lo satisfeito. Sua mão direita começou a descer sobre as minhas pernas, e subia novamente para minha nuca.

      Ele começou a desamarrar meu roupão, mas eu o impedi.

      - Eu quero muito. – diz ele.

       - Está cedo. Nos conhecemos há pouco tempo.

      - Não importa. Temos que aproveitar o dia de hoje, pois não sabemos se algum dia iremos ser descartados por Aro.

    Nada importa mais. Acabei não resistindo aos encantos de Felipe. Ele tirou o meu roupão e começou a passar a mão nos meus seios. Era uma sensação muito boa. Ele se afastou de mim e começou a tirar a roupa, numa velocidade que só os vampiros poderiam ver. Nos deitamos na cama e foi onde tudo começou a acontecer.

    Seu membro penetrou dentro de mim, e senti muito prazer. Seria a minha primeira vez. 

    - Quero que seja especial para nós dois. É a minha primeira vez. – disse ele.

    - Vai ser especial, e já está sendo.

       Nada mais importava naquele momento. Nós dois estávamos sendo controlados através do desejo.

 

7- Saudades de Felipe

 

     Depois que fizemos amor, nos encaramos durante muito tempo. Pra mim, foi a melhor noite de toda a minha existência. Felipe interrompeu meus pensamentos:

    - O quê você está pensando, amor ?

    - Estava pensando no que fizemos.

    - Você se arrependeu ? – disse ele, preocupado agora.

    - Não me arrependi. Foi a melhor noite da minha vida.

    - Pra mim também. Foi mais que especial. Nunca senti isso. É uma sensação ótima. – ele sorriu. O sorriso dele era tão perfeito.

    Comecei a beijá-lo novamente, só que agora o beijo era delicado.

    Droga ! Houve uma batida na porta. Felipe vestiu-se rapidamente. Abriu a porta e escutei uma voz familiar. Era Aro. Felipe entrou novamente para o quarto.

    - Amor, estou indo para o Brasil agora. Aro quer que eu vá agora pra pegar logo aquele vampiro.

    - Tudo bem, Fê. Espero você. – ele foi pego de surpresa ao escutar o apelido que dei a ele.

    - Dentro de quatro dias, estarei de volta.

      Ele encostou seus lábios no meu delicadamente e foi embora.

      O quê seria de mim sem Felipe nesses quatro dias ? Tivemos uma ligação tão forte essa noite. Como vou me recompor ? Não conheço ninguém nesse castelo... Como vou sobreviver sem ele ?

      Resolvi levantar da cama. Olhei para o relógio. Era às 02:30 da manhã. Troquei de roupa e fui a caminho da biblioteca. Cheguei lá e revirei as prateleiras. Um livro me chamou a atenção. Seu nome era Crepúsculo. Um livro de vampiros com humanos, parecia ser romance. Resolvi começar a ler.

        Fui surpreendida: eu não estava só. Havia outro vampiro naquela biblioteca. Ele chegou perto de mim.

      - Olá, Fernanda. Gostando muito dos livros daqui ?

      - Olá, qual o seu nome ?

      - Demetri.

      - Ah, Felipe mencionou seu nome pra mim algumas vezes.

      - É, eu sei. Se ele achar  aquele vampiro no Brasil, eu e Felix vamos matá-lo.

      - Compreendo. O quê você faz aqui ?

      - Estava esperando você. – fui pega de surpresa. Como um vampiro que nunca conversei na vida estava esperando por mim ?

    - Como assim ?

    - Gostaria  de te conhecer melhor. Aro me disse que você tem um potencial em seu poder. Gostaria de averiguar. – poder ? Mas que poder ? Eu tinha um poder e não sabia ?!

     - Que eu saiba, eu não tenho poder.

     - Todos nós vampiros temos poderes. Àlias, quase todos.

     - E qual é seu poder, Demetri ?

     - Sou rastreador.

     - Legal. Mas que poder eu tenho ?

     - Aro acredita que você pode dominar as coisas que estão em sua volta.

     -  Poxa, me parece ser legal ter esse poder, mas como vou descobrir ao praticá-lo ?

    - Isso você aprende com o tempo. Bom, preciso ir. Marcus precisa de mim.

  Ele saiu correndo pelo corredor. Como será que devo descobrir esse poder ? Felipe não tinha me contado sobre isso. Droga, como é ruim ficar longe dele. Vou sentir muita falta de seus beijos, seus abraços e de principalmente sua amizade.

 

 

8- Construindo uma nova amizade

 

      Depois que Demetri saiu da biblioteca, peguei o livro Crepúsculo e comecei a ler. A história era de uma humana apaixonada por um vampiro. Era muito lindo o livro. Eu lia tão rápido, li apenas em 3 horas e o livro tinha quase quatrocentas páginas... Acho que eu lia rápido assim por eu ser uma vampira.

      Já era de manhã. Um garoto chamado Alec veio falar comigo:

     - Senhorita Fernanda, Demetri  está querendo falar com você. Ele pediu que eu viesse te chamar.

     - Aonde Demetri se encontra ?

    - Ele está em no corredor, perto da entrada do castelo.

      Alec saiu correndo. Mal esperou eu dar a resposta. Sai correndo atrás de Demetri. O quê será que ele queria comigo ? Finalmente cheguei ao corredor, perto da entrada. Demetri estava com um manto preto. Seu cabelo estava todo bagunçado. Céus, nem tinha reparado naquele homem... Ele era lindo. Demetri sorriu pra mim, com um olhar malicioso.

     - Admirando a minha beleza ? – ele disse, zombando.

    - Você é apenas um rastreador, mas está parecendo um cara que lê mentes.

    - Querida, são séculos de experiência. Reparei quando você chegou... Você me olhou de um jeito que estava prestes a desmaiar de tanto que me admirava... Se você fosse humana, até iria babar. – ele dava muitas gargalhadas. Como um homem daquele poderia ser tão esperto e lindo ao mesmo tempo ? – E aí, gostou muito do livro ?

   - Sim, é muito lindo e romântico. É uma fantasia, mas parece com a nossa realidade.

   - É verdade, temos desconfiança de que a autora desse livro tenha descoberto a nossa existência, pois a história é muito parecida com o nosso cotidiano.

  - Demetri, o quê você gostaria de falar comigo ? Alec me disse que você queria queria conversar.

     - Ah, queria saber mais sobre você. O quê você gostava de fazer quando era humana ? Saía muito ?

    - Não saía, eu trabalhava muito. Tinha poucos amigos.

    - Agora você ganhou mais um amigo. Espero que a gente se relacione bem.

    - Você parece ser um vampiro muito engraçado, Demetri.

    - Bom, isso você vai descobrindo com o tempo. Seremos bons amigos ou algo há mais. – ele disse com uma sorriso malicioso e lindo.

    - Demetri, agora me fale de você. – insisti na conversa. Não sabia que rumo levaria, mas seria legal.

    - Bom, sempre fui um cara que conquistava as mulheres. Me lembro pouco da minha humanidade, mas lembro que era sedutor, àlias, sou sedutor até hoje. As mulheres chegavam até aos meus pés. Mas sempre brinquei com os sentimentos de todas. Só teve uma mulher que amei de verdade: Heidi. Ela era incrível, inclusive era da guarda Volturi também. Ela se apaixonou por um tal de Marcelo, um vampiro do Alasca. Eles fugiram e ninguém sabe pra onde.

    - Nossa, que história triste, Demetri.

    - Me recuperei. Não sou homem de ficar se lamentando ou sofrendo por causa de mulher. Gosto mais é de divertir.

    - Bom, sempre que você precisar, e um dia você precisar, é claro, você pode contar comigo, Demetri, apesar de eu ter apenas quinze anos, já sofri muito e conheço muito bem a vida, e quem sabe posso te ajudar.

     Demetri assentiu e deu um beijo no meu rosto. Seu cheiro era de canela. De repente me deu uma água na boca. Conversamos durante a manhã inteira. Era bom falar com ele, era divertido. Além do que ele passou, ele mantinha o sorriso estampado no rosto.

  

 

9- Uma nova confusão em meu coração

     Foi bom ter conversado com Demetri durante alguns dias que Felipe estava fora de Volterra. Eu me sentia menos só. Demetri me fazia sorrir, me divertia, me contava história inacreditáveis, contava absurdos e loucuras que ele havia cometido na existência dele. A única coisa que odiei, foi que ele engravidou uma humana e os Volturi tiveram que matar a moça grávida. Foi uma distração pra mim.

    Demetri me distraiu durante esses dias e de repente senti minha garganta queimar novamente. Não sei se conseguiria caçar sozinha, sem o Felipe.

    - Fernanda, minha garganta está queimando e percebi que você também está com sede. Que tal irmos caçar juntos ?

   - Seria uma ótima idéia, Demetri.

     Entramos na floresta. Fomos que nem dois loucos atrás de seus alimentos. Vimos alguns humanos ali perto, caçando animais, e eles nem imaginavam que nós vampiros iríamos caçá-los. Havia seis humanos. Resolvemos cada um ficar com a metade.

     Depois de caçar,  Demetri me levou a um lindo lugar. Fica quilômetros de Volterra. Era um rio lindo, com a água azul e limpa. Havia alguns peixes na borda do rio. Demetri não fitava o rio e sim a mim. Não deu tempo de respirar e ele já estava me beijando. Era um beijo mais lento que o do Felipe. Era um beijo leve.

    Empurrei Demetri e deslocou seu braço. Ele mesmo colocou-o no lugar. Sai correndo de volta para Volterra. Não tinha sentido o que ele havia acabado de fazer. Eu era rápida pra correr. Era muito mais rápida que Demetri. Cheguei em Volterra, estava quase perto do castelo dos Volturi. Havia um carro de marca novo-uno da Fiat na entrada do castelo. Percebi que Felipe já estava lá. Com que cara eu iria olhar pra ele ? Será que ele iria descobrir de que Demetri havia me beijado ? Na verdade, o beijo foi até bom, mas eu não queria magoar Demetri e muito menos o Felipe.

     Na verdade, eu não poderia colocar nada em minha cabeça. Demetri era sedutor e eu tinha que ficar esperta, pois ele poderia acabar com o meu relacionamento com Felipe. Não posso permitir que isso aconteça algum dia novamente. Prefiro ter o Felipe, que é meu melhor amigo do que ficar sozinha. Mas seria difícil ter que conviver com os dois juntos. Demetri era o melhor amigo de Felipe e com certeza os dois ficariam perto de mim em todos os momentos.

 

 

10- Felipe na área novamente

       Por pouco tempo que Felipe me conhecia, ele percebeu que eu não estava normal. Ele interpretou a minha face e viu que havia acontecido algo de errado comigo. Mas eu iria guardar esse segredo comigo. Não quero que Felipe fique sabendo que Demetri e eu nos beijamos.

      Felipe foi chegando perto de mim. Estava cheiroso como sempre. Me abraçou e me deu um beijo de leve na boca.

    - Que saudade que estava de você, meu amor. – disse ele, suspirando.

    - Também estava com saudades enormes de você, Felipe. – era verdade.

    - Como foi seus dias aqui ?

    - Ah, foram todos ótimos. Cacei, li alguns livros. E você ? Como foi seus dias no Brasil ?

    - Consegui achar aquele vampiro, já trouxe para Aro, Marcus e Caius verificarem.

    - Falando nisso, não era Demetri  e Felix que iriam cuidar sobre esse assunto ? – perguntei, curiosa.

     - Sim, mas primeiro, Aro, Caius e Marcus verificaram primeiro, depois sim que entra na história o Felix e Demetri.

     - Ah, entendi. O quê você acha que vai acontecer ?

     - Provavelmente, o vampiro será morto.

     - É, agora estou percebendo que não se deve mexer com o ‘’trio’’ dos Volturi.

    - Jamais poderá mexer com eles.

      Foram longos minutos de conversa. Felipe queria saber de todos os detalhes dos dias em que fiquei ‘’sozinha’’ pelo castelo. Contei que Demetri me fez companhia nesses dias, mas não contei sobre o beijo. Não queria estragar a amizade dos dois. E também, isso não iria acontecer mais.

      Felipe me levou até seu quarto para conhecê-lo. Era muito parecido com o meu. Acabamos matando a saudade. Nos beijamos e fizemos amor. A verdade era que eu sentia uma saudade imensa dele mas havia algo que me incomodava. Era o maldito beijo entre Demetri e eu.

    - Amor, você está tão distante. Aconteceu alguma coisa ?

    - Não, não aconteceu nada. – tentei mentir pra ele.

     - Eu sei que aconteceu algo, mas você não quer me contar. Demetri te fez alguma coisa ? – de repente o nome de Demetri me deu medo. Será que Felipe descobriu alguma coisa ?

     - Demetri foi muito atencioso comigo. Não tem nada de errado. Fique tranqüilo.

     - Eu sei que tem algo errado em sua cabeça. Desabafe. – não sei o porque que ele insistia no assunto.

     - Amor, relaxe. Não tem nada de errado. Estou bem. Só estava com muita saudade de você e até agora não estou acreditando que já chegou e que está aqui, bem do meu lado.

    - Se algo estiver te incomodando, pode me contar. De um jeito ou de outro eu vou acabar descobrindo.

   - Claro, se tiver alguma coisa de errado, irei te comunicar.

     Odeio mentiras. Nunca suportei mentir para uma pessoa. Nunca fui bem com mentiras. Espero poder manter esse segredo um bom tempo, pois Felipe não irá me perdoar se descobrir o que Demetri e eu fizemos nas costas dele.

 

 11- Confusão

     

     Nos levantamos da cama com um torpedo de Aro, pedindo pra falar comigo. Felipe e eu fomos correndo até aonde meu mestre nos esperava.

    - Está com medo ? – Felipe me perguntando.

    - Não. Não sei o que se trata.

    - Espero que não tenha feito nada de errado.

    - Mas eu não fiz.

       Aro acenou pra mim. O quê será que ele queria comigo ? Será que Demetri contou algo ? Mas nós nem precisamos contar nada pra Aro. Ele lê nossas mentes. O ruim disso era que tudo que se passava em sua mente, qualquer bobeira ou outra coisa, Aro iria ver.

     - Querida Fernanda. – disse meu mestre

     - Olá, Aro.

     - Você me parece muito bem.

     - Ah, estou adorando a vida de vampira. Muito interessante, mas ao mesmo tempo é intediante.

     - Logo você se acostuma, querida. Felipe, por favor, nos deixe assós.

       Felipe compreendeu e saiu da sala.

       - Fernanda, li na mente de Demetri ontem e descobri que vocês se beijaram.

      - Mestre, não foi a minha intenção.

      - Todas as mulheres daqui dizem a mesma coisa, mas quero que saiba que não aceitou triângulo amoroso aqui. Já conversei com Demetri e ele compreendeu. Se você não obedecer nossas regras, vou ser obrigado a descartá-la.

     - Isso não irá se repetir mais mestre. Prometo.

     - Espero que você cumpra com sua palavra. Felipe terá que saber disso também.

     - Mestre, por favor, não conte a ele. Não quero que ele saiba, pois ele nunca irá me perdoar.

     - Pensasse nisso antes de ter cometido esse erro. – disse Aro dando entre dentes.

    - Faço tudo o que você quiser Aro, mas por favor, deixe Felipe fora disso.

    - Tarde demais Fernanda. Agora por favor, se retire. Preciso falar com Felipe nesse momento.

    - Tudo bem, mestre.

      Sai correndo da sala. Estava desesperada. Felipe estava me esperando do lado de fora. Meus olhos ardiam... Acho que estava chorando.

     - Felipe, Aro quer falar com você agora.

       Ele assentiu e correu pra sala.

       Nesse exato momento, minha vontade era de sumir. Não sei o que iria acontecer depois que Felipe viesse falar comigo. Mas tudo bem, vou entender se Felipe não me quiser mais. Mas se eu tiver que ficar sozinha todos os dias nesse castelo, prefiro ser descartada ou então viver longe daquele castelo.

 

12- Separação

     Fui para o meu quarto. Fiquei esperando por Felipe durante algumas horas. Comecei a ficar preocupada. Minha conversa com Aro foi tão rápida e tenho certeza que com Felipe teria sido rápido também. Não entendi o motivo dele não ter aparecido.

    Resolvi sair do meu quarto e ir atrás de Felipe. Procurei ele em todos os cantos do castelo, e não encontrei. Fui até a sala aonde Aro costumava ficar sempre. Ele deveria saber de algo para me contar.

    - Mestre, aonde está o Felipe ? Procurei ele em todos os cantos mas não o encontrei.

    - Felipe está chateado com você e principalmente com o que Demetri fez.

     - Aonde posso encontrá-lo ?

     - Querida Fernanda, o Felipe está precisando ficar sozinho nesse momento. Respeite a decisão dele.

    - Você está certo mestre.

      Voltei para o meu quarto. Eu iria respeitar a decisão de Felipe.

       Passou-se dois dias. Felipe tinha voltado e queria falar comigo. Fui até a floresta aonde ele me esperava. Cheguei perto dele e o fitei.

     - Fernanda, quero que saiba que gosto muito de você, mas acho que fomos precipitados demais. Acho que o que aconteceu entre nós era apenas uma atração. Você é jovem e eu também sou jovem, então temos muito tempo para nos conhecermos melhor. Pode ter certeza que nunca vou te deixar, mas acho que não é exatamente o momento certo da nós dois nos envolvermos.

    - Felipe, você está certo, mas eu não estava esperando que o Demetri fosse me beijar.

    - Isso acontece, Demetri faz isso com todo mundo.

    - Me perdoa ?

    - Quem sabe um dia.

      Felipe não estava mais lá. Fiquei sozinha ali, naquela floresta durante algumas horas. Não acreditava com o que tinha acontecido. Magoei o Felipe e eu não sabia como iria concertar aquela situação.

      Foi muito ruim nos dias seguintes ter ficado sozinha naquele castelo, sem companhia. Era tenso ter que passar ao lado de Demetri como se nada tivesse acontecido. Mas de uma coisa eu tinha certeza: eu teria que me aproximar de Felipe novamente, mas só por amizade mesmo.